quarta-feira, 10 de outubro de 2007

II Cenáculo de Núcleo Douro Sul

O Cenáculo de Núcleo Douro Sul, decorreu nos dias 24 e 25 de Abril de 2007 no CEG (Centro Escutista de Gaia) tendo como tema a Saída do Egipto do Povo de Israel, guiados por Moíses.

O início da actividade decorreu no dia 24 à noite em que cada Caminheiro fez a sua inscrição. Depois do habitual Quebra-Gelo realizou-se a cerimónia de abertura com a representação do episódio da Sarça-Ardente, onde se assistiu ao chamamento de Moíses. Todos os caminheiros também foram chamados a seguir este apelo e com as suas velas iluminaram a Sarça-Ardente formando assim as equipas.

O segundo dia começou cedo com a barulhenta alvorada. Após o pequeno-almoço iniciou-se uma formação sobre os seguintes temas: Recursos do Núcleo, dada pelo Chefe Lucas; Mística e Simbologia da IV, pelos Chefe Costa e Silva e Chefe Filipe; Serviço Social pela Chefe Laura.

No fim das formações tiramos a fotografia de grupo (quase todo) e almoçamos.


No início da tarde começamos a debater o tema das Pragas nos grupos de trabalho. Assim, foi entregue a cada grupo nove pragas. Deste modo, cada grupo de trabalho discutiu as pragas que assolam o escutismo. Esta discussão teve como ponto de partida um conjunto de perguntas igualmente distribuídas pelos grupos e que levou ao confronto de ideias no plenário. Como orientação cada grupo também teve ao seu dispor pequenos textos de apoio que mencionavam os temas dados nas formações na parte da manhã, nomeadamente a Mística e a Simbologia da IV, o Serviço Social, e os Recursos.

Após duas horas intensas de discussão, os grupos deram inicio á execução dos cartazes a serem apresentados no plenário.

Relativamente ao tema da Mística e da Simbologia os grupos chegaram à conclusão de que a realização da carta de clã, e do PPV eram momentos fundamentais para o clã. Para os grupos de trabalho os símbolos, mais importantes são a vara e a bíblia. A vara, apesar de não ter a mesma importância para todos os clãs (alguns não fazem uso dela) acaba por ser o nosso suporte, ajudando-nos a tomar decisões, a escolher caminhos e a impedir-nos de nos deixarmos levar pela corrente. A bíblia foi referida como o símbolo mais partilhado pelos clãs, na medida em que todos fazem uso dela nas actividades.

Quanto aos recursos alguns grupos referiram o total desconhecimento acerca dos recursos e das suas características. Contudo, não deixaram de realçar o quanto a formação da parte da manhã tinha sido positiva no sentido de transmitir mais informação sobre o tema.
Os caminheiros também consideram que são o recurso do núcleo. Contudo, acham que deveriam ser mais um recurso, ou seja os caminheiros deveriam ter um papel semelhante aos outros grupos.

O tema do serviço deixou bem patente a necessidade deste ser espontâneo e de deixar de ser rotineiro, isto é os clãs não deveriam cingir o serviço ás actividades que já de si são muito comuns, nomeadamente o Banco Alimentar, Cabazes de Natal, Protecção civil entre outras. Devem, portanto procurar saber mais sobre a realidade e o contexto em que vivem, para puderem prestar serviço aos mais necessitados.

O 100Tempos também foi debatido no seio dos grupos. Todos os clãs mencionaram a evidente falta de motivação que cai sobre os clãs em períodos em que os caminheiros estudantes tem exames. Referiram também a dificuldade em trabalhar com diferentes pessoas e que têm por consequência diferentes objectivos. Contudo, todos realçaram que o Tempo não é o verdadeiro problema, o Tempo é usado como desculpa. Na verdade, o que realmente afecta o escutismo é a ausência de motivação!

Outro ponto muito discutido e que suscitou um debate aceso no plenário foi a importância da participação na eucaristia. Uma grande parte dos caminheiros revelou que não consideravam relevante a participação do clã na eucaristia, uma vez que a fé pode ser praticada em qualquer lugar e de variadíssimas formas.
Associada a esta falta de motivação surge todo um conjunto de pragas identificadas pelos grupos, nomeadamente o comodismo, a luxúria, o consumismo, o autoritarismo, a inveja, o materialismo, a futilidade, a ganância e a superficialidade.
Somos assim, muitas vezes escravos da nossa própria sociedade, que nos leva em algumas ocasiões a colocar o nosso bem-estar à frente do escutismo.
Todas estas ideias foram apresentadas e discutidas pelos grupos de trabalho. No fim, lemos a última praga, a morte dos primogénitos e, tal como os hebreus se protegeram com sangue do cordeiro, também nós caminheiros em busca do Homem Novo, nos protegemos pintando uma vara de cor vermelha na face do rosto.

Depois do lanche, descemos até ao riacho para a cerimónia de fecho e foi representada a passagem de Moisés no mar vermelho, assim seguimos as suas pisadas “erguemos a nossa vara e passamos o mar vermelho”. Do outro lado do rio assinamos a Carta do Cenáculo de Núcleo.

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